O CDS-PP anunciou hoje que vai apresentar “em breve” o seu projeto de lei sobre Estatuto de Cuidador Informal que prevê “soluções diferentes para problemas diferentes”, mas sem prometer o que não é possível dar.

O anúncio foi feito pela presidente do CDS, Assunção Cristas, no final de um debate de cerca de duas horas que juntou, na sede nacional do partido, em Lisboa, associações ligadas ao problema dos cuidadores e acontece no dia em que o Governo também divulgará a sua proposta.

Esses contributos servirão para “afinar” o diploma dos centristas que, no entanto, já tem algumas linhas definidas, ficando outra promessa de Assunção Cristas.

“Não prometeremos o que não conseguimos dar”, disse.

A líder dos centristas não entrou em detalhes sobre o projeto, nomeadamente quanto a verbas, dado que “é o Governo que pode fazer as contas, para dizer que dinheiro dar, em que circunstância e como”.

Assunção Cristas enumerou algumas das linhas gerais do projeto de lei que será apresentado no parlamento para ser discutido em simultâneo com o do Governo, do PCP e do BE.

Para problemas diferentes de doentes a ser cuidados por familiares, por exemplo, tem de haver “soluções diferentes”, acautelando-se questões laborais para quem tenha de passar mais tempo com o doente de quem cuida.

Ou ainda o período de duas semanas de descanso para quem é cuidador, podendo ficar em aberto a opção de a pessoa contratar alguém neste período ou optar por internar o doente numa instituição especializada, nesses quinze dias.

Estas foram questões levantadas, durante a manhã de debate, por representantes das associações de cuidadores, de amigos e pais de crianças com cancro, da Alzheimer Portugal ou ainda da Associação Raríssimas.