CDS questiona Governo sobre falta de contacto com familiares de Ihor Homenyuk | ||||
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Telmo Correia questiona depois, considerando toda a envolvência desta morte, particularmente a acusação de homicídio qualificado levantada pelo Estado português aos três agentes do SEF que alegadamente agrediram este cidadão, tendo este ato culminado na sua morte, se o Estado Português nunca ponderou contactar a viúva de Ihor Homenyuk e, finalmente, se pondera o Governo, de modo voluntário, proporcionar apoio a Oksana Homeniuk, nomeadamente o ressarcir das despesas com a trasladação e o funeral do marido. Na passada semana, numa entrevista a um órgão de comunicação social português, Oksana Homeniuk, mulher de Ihor Homeniuk, o cidadão ucraniano que faleceu nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa, revelou que nunca foi contactada pelo Estado Português. Foi referido pela viúva que só soube que o marido tinha morrido pelo cônsul da Ucrânia em Portugal, no dia 13 de março, três dias após Ihor Homenyuk ter chegado a Portugal. Referiu ainda que o cônsul “contou-me que não foi permitida a entrada do meu marido em Portugal e que, quando ele ia ser deportado para a Ucrânia, sentiu-se mal ao pé do avião. Foram chamados os médicos e, quando chegaram, já não o conseguiram reanimar, já estava em paragem cardiorrespiratória. Ele morreu nas mãos dos médicos". Referiu também que soube da "verdadeira forma" como Ihor faleceu através do Facebook, e, por último, que nunca foi contactada pelo Governo português, nem por nenhum representante do Estado, e que teve de pedir ajuda transladar do corpo do marido e realizar o funeral. A 30 de setembro, o Ministério Público acusou três inspetores do SEF do homicídio qualificado de Ihor Homenyuk, alegando que as agressões cometidas pelos inspetores, que agiram em comunhão de esforços e intentos, provocaram "diversas lesões traumáticas que foram causa direta" da sua morte.
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