Telmo Correia quer que Portugal adote definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto | ||||
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Nos últimos anos um pouco por todo o mundo e um modo particular em alguns países europeus temos assistido ao recrudescimento do antissemitismo. Facto condenado e denunciado por personalidades com a relevância, por exemplo, do Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres. Este preconceito e o consequente sentimento de ódio contra os judeus tem encontrado expressão em atos e em discursos de extremistas políticos ou fanáticos religiosos. Para ajudar no combate a este preconceito foi fundada, pelo ex-primeiro-ministro sueco Göran Persson, em 1998, a IHRA, que tem como objetivos fortalecer, avançar e promover a educação, pesquisa e lembrança do Holocausto. Atualmente a IHRA é composta por 34 países membros, de entre os quais Portugal, um país de ligação e sete países observadores. Em maio de 2016 a IHRA adotou como definição prática de antissemitismo: «O antissemitismo é uma determinada perceção dos judeus, que se pode exprimir como ódio em relação aos judeus. Manifestações retóricas e físicas de antissemitismo são orientados contra indivíduos judeus e não judeus e/ou contra os seus bens, contra as instituições comunitárias e as instalações religiosas judaicas». Do conhecimento que o CDS tem, Portugal, não obstante ser um dos países membros da IHRA, ainda não adotou esta definição, facto que, no nosso entendimento, deveria ser efetivado.
Foto: © DR
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