Só CDS-PP contra a legalização de imigrantes trabalhadores proposta pelo PCP na AR | ||
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No debate parlamentar sobre o diploma, o comunista António Filipe comparou a situação das pessoas em causa com os estrangeiros que adquirem os denominados vistos 'Gold', pois "quem for rico e tiver meio milhão de euros para gastar por cá pode comprar uma autorização de residência", mas quem "for pobre, não tenha outro meio de subsistência que não seja o seu trabalho e tenha entrado de forma irregular, fica condenado à ilegalidade", numa "dualidade de critérios que não é aceitável". "Permanecem em Portugal muitos cidadãos não nacionais que trabalham honestamente, que procuram entre nós as condições de sobrevivência que não têm nos seus países de origem, e que vivem no nosso país, alguns deles desde há muitos anos, em situação irregular, com todo o cortejo de dificuldades que essa situação implica quanto à sua integração social, um flagelo social a que urge pôr cobro", disse. Para António Filipe, "a integração social plena dos cidadãos estrangeiros é uma obrigação indeclinável do Estado português" e "os ventos de racismo e xenofobia que sopram por esse mundo fora não se combatem com políticas de afastamento ou exclusão social dos imigrantes". O democrata-cristão Telmo Correia reafirmou os "princípios humanistas, que têm de ser conjugados com uma ideia de rigor, rigor na entrada, sem permissividade", além do combate firme ao tráfico e imigração ilegal". "Esta proposta do PCP vem ao contrário e ao arrepio daquilo que temos defendido", afirmou, realçando "dois riscos: o efeito de chamada (de mais imigrantes para Portugal)" e o facto de "não favorecer a imigração legal", podendo promover a entrada de pessoas "a salto".
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Actualizado em ( Terça, 15 Janeiro 2019 01:13 ) |